Lua Blanco revela: "Tenho a sensação de ter nascido com um furacão dentro de mim"

Lua Blanco mantém o corpão andando de patins  (Foto: Divulgação )

Lua Blanco se define como uma mulher intensa em suas relações. A atriz, que entrou em A Força do Querer como Anita, a melhor amiga da complicada Cibele, vivida por Bruna Linzmeyer, foi ganhando espaço na trama e conquistou o público. Ex-Rebelde, Lua é amada nas redes sociais e acumula quase 2 milhões de seguidores fiéis, os "lunáticos". Em turnê com o espetáculo Primeiro Sinal, que estreia em julho no Rio de Janeiro, ela fala à Marie Claire sobre feminismo, fama, o que gosta em um homem e como achou o equilíbrio em sua vida.

Marie Claire - O que tem de parecido com a Anita? Perdoaria a traição do seu namorado com sua melhor amiga?
Lua Blanco - Eu gosto de trabalhar minhas relações muito na base da honestidade e da transparência. Um namorado que encontra minha melhor amiga escondido de mim, mesmo que não tenha interesse romântico nela, está inclinando para a desonestidade - e isso não tem cabimento. Jogar limpo é imprescindível, então entendo o rompante da Anita. Quanto a perdoar a amiga, eu acredito em perdão sim, mas alguns moles são irreparáveis.

MC - Você contou em entrevista que é muito intensa. 
LB - Sou intensa em todas as áreas da minha vida. Tenho a sensação de ter nascido com um furacão dentro de mim, de tanta energia que carrego. Hoje pratico ioga para trabalhar o equilíbrio dessa energia e ser menos explosiva.



MC - Como é a Lua longe das câmeras? O que gosta de fazer?
LB - Sou muito palhaça, falo besteira 90% do tempo, gosto de dar muita risada, de encontrar amigos, de brincar com meus sobrinhos [Theo Sol, 4 anos, e Serena Sol, 1 ano, filhos de Pedro Sol, seu irmão mais velho, com a surfista e fisioterapeuta Priscila Barcik], de me enfiar no mato ou em praias cercadas de natureza, de praticar ioga, assistir série, cozinhar, dirigir, patinar, correr, nadar, ler... Gosto de tanta coisa que fico com insônia no fim do dia de tanta coisa que tinha para fazer e não deu tempo.


MC - Como aprendeu a lidar com a fama?
LB - Fiz anos de terapia, mas hoje estudo os ensinamentos da ioga para melhor equilibrar minha mente. Acho que só aprendemos a lidar com a fama no minuto em que realmente entendemos o quão ilusória ela é. Quando parei para observar cada fã e ver que cada um tem uma história, um coração e uma dor, passei a compreender melhor a minha missão humanitária na arte - que vai além de mim, do meu ego e dos meus sonhos. Estou aqui por um motivo maior, que pretendo honrar.

MC - Se acha bonita?
LB - Acho, mas também não tenho a beleza como o maior triunfo na vida. Sem integridade, palavra, inteligência, carisma, autenticidade e um bom humor ácido, um rosto esteticamente adequado aos padrões comerciais da sociedade não tem graça nenhuma. Gosto de andar na rua de cara limpa e cabelos lavados, para saberem a diferença do antes e do depois. Os recursos cosméticos e estéticos atuais estão à nossa disposição para somar, não para nos escravizar.

MC - Gostaria de mudar algo em você?
LB - Sei lá. Às vezes eu queria ser mais alta, mais magra, mais jovem, mais sarada, mais talentosa, mais disciplinada, mais mansa, mais engraçada, mais pontual, mais calada, mais comportada... Mas aí não seria eu, então de que adiantaria?

MC - Faz dieta? Academia? 
LB - Faço tudo que tenho direto! Minha dieta padrão (que não inclui domingos ou datas comemorativas) evita carboidratos, gorduras, frituras e doces. Me exercito com frequência, mas no momento foco mais em esportes e atividades aeróbicas. Minha paixão dos últimos tempos têm sido os patins. Acredito que mais importante do que um corpo sarado é ter qualidade de vida e uma rotina prazerosa.

Resultado de imagem para lua blanco de patins

MC - Os direitos das mulheres ainda estão longe de serem iguais. O que faz pela igualdade? É feminista?
LB - Essa semana assisti a um espetáculo carioca maravilhoso chamado Pineal, no qual diversas mulheres contam suas experiências de vida perante nossa sociedade patriarcal. Vibrei e chorei o espetáculo todo. Uma das atrizes terminou sua performance declarando que precisamos reescrever a história, e essa frase não saiu mais da minha cabeça. A luta pela igualdade feminina não é só uma moda que mulheres indignadas lançaram, é a correção de uma desfuncionalidade social profunda da humanidade. Estamos mudando o rumo da história trazendo conscientização e liberdade para gerações de mentes distorcidas e enjauladas. Quem luta por essa causa não deveria ser chamada de feminista e sim de ser humano. Não se cura maldade pagando na mesma moeda. Feminismo não pode virar uma nova identidade egóica equivocada, e sim uma força de transformação positiva.

MC - Está solteira? O que um homem precisa para te conquistar?
LB - Estou sim. Não estou muito aberta a ser "conquistada" no momento, mas um bom papo reto e uma risada frouxa conquista minha companhia muito mais que cantadas forçadas. Gosto de homem autêntico e cheiroso.


Postar um comentário

0 Comentários