Jogos do Amor capítulo 95 (último capítulo)


Jogos do Amor capítulo 95 (último capítulo)


- Desculpe - argumentei -, você até poderia ter conquistado qualquer uma daquelas garotas da festa do Steve. Mas quanto a você e Pérola, vamos deixar isso bem claro, fui eu que planejei esse romance.
- Você está certa disso?- ele perguntou, os olhos brilhando de raiva. - Eu gostaria de saber o que faz você ter tanta certeza disso.
- Dois pontos. Sem bater no aro - eu anunciei. E me preparei para lançar a bola. Arremessei. Cesta.
Arthur recuperou a bola e fez um drible atrás do círculo amarelo.
- Três pontos - ele anunciou, então enterrou a bola na cesta.
Ele se virou para mim. - Você realmente não tem a menor pista do que eu estava tentando fazer.
- Tenho uma pista, sim - eu o interrompi. - Você está tentando me derrotar no meu próprio jogo.
- De qual jogo você está falando, Lua?
Eu recolhi a bola.
- De qual jogo? - ele insistiu.
Girei rapidamente ao redor dele e tentei lançar com a mão esquerda. Estava furiosa. Poderia até perder no amor, mas não seria derrotada nos arremessos.
Ele me alcançou e fez um bloqueio perfeito. Corremos em direção da bola perdida e acabamos nos atirando violentamente contra a parede.
- Sabe, quando eu vi você pela primeira vez - ele começou -, naquele dia que você quase me atropelou, achei que era meio maluca. E deveria estar sempre com seu capacete na cabeça.
- Mesmo? Obrigada pelo elogio - falei, tentando desvencilhar o meu corpo do dele. Era doloroso ficar tão perto de Arthur. Sua voz, seu cheiro, sua pele me cercavam por todos os lados.
- Mas eu acho que fiquei ainda mais maluco...
- Não vou discutir isso - escapei e fui atrás da bola que rolava para longe de nós.
- ...querendo você.
Virei a cabeça para olhá-lo.
- O que você falou?
- Eu queria você. E você queria o Ovos Mexidos - ele soltou uma gargalhada. - Quando eu me lembro disso agora, chega a ser hilário.
Eu estava perplexa. Por que era engraçado?
- Fiquei tão maluco - continuou Arthur - quando você pensou em me usar pra conquistar o Ovos Mexidos. Mas eu concordei em sair com você e Pérola, esperando que, se você me conhecesse melhor, acabaria mudando de idéia. - Ele me olhou com aqueles incríveis olhos brilhantes. - Em alguns momentos, como na casa mal-assombrada, eu pensei que teria uma chance.
Então ele balançou os ombros e sorriu, como se aqueles momentos não tivessem sido importantes.
- Mas você continuou me "treinando" - ele continuou - e deixou claro que estava a fim do Ovos Mexidos. Eu teria que agüentar isso até que a Pérola ficasse cansada de mim. Então passei a vê-la o máximo que pude. Achando que ela se enjoaria rápido. E ela se enjoou. Então eu tive uma idéia brilhante.
Agora o sorriso desapareceu. E Arthur balançou a cabeça como se tivesse vergonha de si mesmo.
- Qual? - perguntei com a voz rouca. - Qual foi a idéia brilhante?
- Tentar o seu jogo... ainda que eu o achasse ridículo. No início, eu odiei a maneira como você levava os seus joguinhos de conquista. Mas parecia tão fácil! Se eu fingisse que precisava manter a Pérola interessada em mim, eu teria uma desculpa para sair com você, uma desculpa para você ficar comigo.
- Ah, não!
- Agora, eu me sinto péssimo. Não importa se a Pérola costuma usar os outros... mas eu a usei... isso foi péssimo! E o que é pior, eu arranjei tudo tão perfeitamente que não podia nem ser mais seu amigo. Quarta-feira à noite, na sua casa, tudo o que eu queria era abraçar você.
Ele deu um passo à frente. Eu peguei a bola de basquete e a agarrei como uma bóia salva-vidas. Será que ele tinha notado que eu não parava de tremer?
- Você pode largar essa bola agora - ele falou em voz baixa. - O jogo acabou.
- Acabou? - eu murmurei - Quem ganhou?
- Ninguém.
- Ninguém?
- Obviamente - ele falou de modo brusco -, nem você, nem Pérola, nem eu - ele se virou e foi embora.
Fiquei olhando fixamente para ele, sem acreditar em tudo aquilo. Ele estava falando sério. Havia realmente acabado. Sem que eu soubesse, ele tinha se apaixonado e desistido de mim. Não havia durado mais do que o período do acampamento. Agora, tudo o que restava era raiva.
Fiquei ali mais um minuto, observando-o de costas, então, saí correndo e, do meio da quadra, arremessei a bola em direção à cesta na outra extremidade. Eu queria estourar aquele vidro de proteção em mil pedaços.
Mas a bola atravessou tranqüilamente a cesta.
Arthur parou e esperou a bola rolar até ele.
- Sabe, se você praticar um pouco - ele disse, com um sorrisinho -, pode se tornar uma grande jogadora.
- Eu sou uma grande jogadora.
Ele deu uma olhada na cesta e jogou a bola para mim, como se a estivesse lançando para um companheiro de time. Mas logo depois que eu a peguei, ele veio correndo impedir a minha passagem. Passei por ele, driblando. Ele permanecia emparelhado. Tentei ir pela esquerda, depois pela direita. Ele marcava cada passo meu. Recuando, dei a volta e corri para a linha de arremesso. Dei-lhe uma leve cotovelada nas costelas e saltei bem embaixo da cesta. Colidimos no ar.
- Falta! No braço - eu gritei.
- Você tá falando sério? – exclamou Arthur.
Permanecemos ali, suados, nos encarando.
- Lua - ele disse com uma voz baixa, tão sem fôlego que eu mal conseguia escutá-lo. - Eu te amo. Não acabou pra mim. Eu não consigo deixar de gostar de você e eu não sei o que fazer com isso.
Eu engoli seco. Meus sentimentos eram tão fortes que eu estava paralisada. Tentei soar leve e calma:
- Pelo jeito, você não escutou aqueles conselhos todos que eu te dei.
Ele me olhou espantado, depois esperançoso. Seus olhos brilhavam.
- Eu... eu escutei alguns deles - disse, e colocou levemente os braços em torno de mim, se inclinou e me beijou no pescoço, uma, duas, três vezes, beijos quentes e macios.
Depois, se afastou e me olhou.
- Você está arrepiada!
- Estou.
Arthur me puxou contra o seu corpo, seus braços me envolvendo como se nunca mais fossem me soltar. E abaixou a boca em direção a minha.
- Lua, feche os olhos.
Fechei os dois. Depois abri um.
Arthur soltou uma gargalhada. Pude sentir o seu corpo inteiro rindo. E ele me beijou levemente. E mais uma vez, levemente, esperando por mim.
- Lua - ele falou numa voz grave.
Quando o beijei, foi com todo o meu sentimento. Arthur parou de sorrir; pude sentir todo o seu corpo tremendo.
Ginásios vazios e cinzentos são bons lugares tanto para beijar quanto para rezar. Eu não sei quanto tempo permaneci envolvida em seus braços. Mas, finalmente, eu disse:
- Eu... acho que a gente devia voltar pro escritório.
Arthur concordou e me soltou.
Mas, assim que guardei a bola de basquete, ele me puxou para perto dele novamente e continuou me abraçando durante todo o caminho até o centro estudantil.
- Minhas bochechas estão tão vermelhas quanto eu imagino? - perguntei.
- Como duas maçãs - ele respondeu sorrindo.
- Todos vão ficar surpresos quando virem a gente, não acha?
- Bem, a Anna talvez não - ele disse -, mas os outros com certeza ficarão. Eu não acho que o Hau tenha percebido alguma coisa, muito menos o Chay. Nós fingimos muito bem - acrescentou, enquanto atravessamos o corredor. Um bilhete estava fixado na porta do escritório. Arthur me beijou mais uma vez antes de lermos o recado.

Caros Arthur e Lua,
Não pude esperar mais. Todo mundo vai se encontrar no
Pizza Palace às 6:30, para comemorar.Vejo vocês lá.
Chay.

P.S.l: Hau disse a Pérola que vocês foram no ônibus com as crianças e que demorariam para voltar.
P.S.2: Não me decepcionem, meninos. Eu amo finais felizes. 


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4 Comentários

  1. vivi 100% luar e rebelde ps20 março, 2013 15:58

    2 temp

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  2. bom eu estou amando a web noveal jogos de amor o ultimo capitulo, ne, muito legal, merece ate a segunda temporada, ne.

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  3. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaah ! Muitto perfeitto . 2ª Temporada ?? Pooooooorfavor

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  4. Aaaaaamei!! <3 <3 L

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